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Workshop

A arte: escuta e comunicação. Nova aula com o Gen Verde

 
22 outubro 2024   |   Internacional, Città Nuova, Gen Verde
 
Gen Verde_Festival Halleluya 2023_Lisboa Portugal
Gen Verde_Festival Halleluya 2023_Lisboa Portugal
Por Annamaria Carobella

O curso “Arte que gera. Nos bastidores com o Gen Verde”. Da descoberta do trabalho artístico à colheita dos frutos.

No dia 18 de setembro, às 20h30,  teve início um curso de formação online , promovido pela Città Nuova e conduzido pelo Grupo musical Internacional Gen Verde, que mora em Loppiano – Incisa Valdarno (Florença). Trata-se de uma banda só de mulheres, atualmente composta por 19 artistas de 14 países diferentes.

Tendo nascido em 1966, tem mais de 50 anos de atividade, publicou 70 álbuns em 9 línguas e deu vida a produções artísticas, concertos, musicais, sem prescindir das atividades educativas e formativas direcionadas aos jovens mediante workshops e cursos específicos.

Estavam presentes 46 participantes na primeira aula, que foi sobre “O trabalho criativo”. Havia curiosidade, emoção e expectativa em relação a essa oportunidade de refletir sobre o papel do artista e da criatividade, em uma atmosfera de grande liberdade, na qual todos podia expressar o melhor de si. Nancy dos Estados Unidos, Colomba da Coreia, Jamaica do Brasil nos conduziram ao mundo delas.

O artista tem uma tarefa muito árdua: escutar uma inspiração, que nasce em um momento mágico. O artista deve ser capaz de sonhar e de olhar em profundidade, de dar a sua alma para transmitir coisas verdadeiras, belas, que tocam os corações e comunicam alegria e esperança.

Saímos em turnê com o Gen Verde para entender como nascem as suas músicas e qual é a base de seu processo criativo.

Preparação: buscar ideias, ouvir, estar de acordo dentro do grupo.

Coleta de observações, imagens, emoções, frases-chave, ideias musicais.

Contar uma história através da música: perguntar a quem querem chegar, o que desejam expressar.

Escutar a si, refletir, recolher-se interiormente, depois comparar as próprias ideias com as das outras, porque a diversidade é um dom.

Escrita: anotar tudo o que vem à mente, encontrar a isca, ou seja, uma frase, uma palavra que fica impressa.

Ritmos, linguagem e música devem se encontrar. É possível sentir dor, sensação de fracasso quando a própria ideia não é aprovada pelo grupo; dá para entender que dizer menos é mais forte em um jogo contínuo de dar e receber. Se cada uma estiver aberta, a criatividade não será esmagada. É preciso saber ver de forma nova a outra, as outras!

Realização: o trecho musical está pronto, então a canção pode ser escrita. Em seguida, ela será interpretada e ouvida, o arranjo é como um vestido final.

Ficamos realmente impressionados com o quanto recebemos e doamos, porque, ao voltar dessa turnê, durante a qual entramos nos ambientes delas, ouvimos algumas de suas canções e um trecho do espetáculo; abriu-se um espaço para falar sobre as nossas impressões, para fazer perguntas tanto pelo chat quanto verbalmente, e expressar uma gratidão enorme.

Essa primeira aula, alguns dias depois, teve este fruto de uma participante que escreve assim:

Caro Gen Verde,

Trabalho com 15 crianças e adolescentes de 10 a 15 anos, um pequeno coral que anima a missa das crianças, que também é frequentada por muitas pessoas. Como também cantamos músicas compostas por vocês, no ensaio de sábado, eu disse o que havia aprendido na primeira aula. Eles me ouviram muito surpresos e interessados. Os pontos destacados foram:

1) Trabalhar em equipe, escutar-se mutuamente e não perder tempo.

2) O ensaio das canções deve ser um momento bonito, porque devemos ajudar a assembleia a rezar melhor e a sentir alegria.

3) A partitura escondida da música é a liturgia, portanto, algo sagrado.

Posso garantir que vivemos um momento lindo e sentimos que queremos bem uns aos outros. Na missa de 22 de setembro, cantamos com incrível solenidade e alegria. Muitos nos agradeceram, até o padre nos ofereceu sorvete!

Posso concluir com as palavras de Marc Chagall: «Em nossa vida há apenas uma cor que dá sentido à arte e à própria vida. A cor do amor!»


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