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A ecologia integral como compromisso comum das Igrejas cristãs e das diversas religiões

 
29 janeiro 2022   |   , ,
 
POR ANTONINO PUGLISI
INTRODUÇãO

pouso na Lua em 20 de julho de 1969 permanecerá como um momento extraordinário e único na história da humanidade. Desde então, a humanidade experimentou mudanças enormes em todos os níveis. A população mundial mais que duplicou1, e gigantescas massas da população se mudaram das áreas rurais para as urbanas. A duração média da vida aumentou consideravelmente para praticamente todas as populações do nosso planeta2. Em poucas décadas, a humanidade produziu progressos científicos e tecnológicos extraordinários, que mudaram nosso estilo de vida para sempre, trazendo benefícios inegáveis. Ao mesmo tempo, porém, pela primeira vez na história da humanidade, a estabilidade da natureza e do planeta que nos hospeda tornou-se algo que não podemos mais dar como certo. O próprio projeto do nosso futuro tem uma das questões mais críticas na relação com a natureza, desafiando nossos modelos de desenvolvimento e nossa própria humanidade. Há muitas vozes que se elevaram nos últimos anos em apoio à proteção ambiental.

No que concerne à governança internacional, com a Agenda 2030 as Nações Unidas impulsionam a comunidade internacional a alcançar uma sustentabilidade ambiental por meio dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)3. Em 24 de maio de 2015, o papa Francisco lançou ao mundo sua segunda carta encíclica, Laudato si’: sobre o cuidado da nossa casa comum. Publicada estrategicamente pouco antes da COP21 em Paris, por meio dela o Papa se propõe a «especialmente entrar em diálogo com todos acerca da nossa casa comum» (LS 3). “Diálogo” e “casa comum” representam o binômio que parece atravessar todo o texto desse documento extraordinário, traçando um caminho pelo qual o pontífice convida a Igreja e toda a humanidade a empreender, «… antes que seja tarde» (LS 193). Um diálogo, ele especifica, «sobre a forma como estamos construindo o futuro do planeta», que define como urgente e que envolve todos «(…) porque o desafio ambiental que vivemos e as suas raízes humanas dizem respeito e têm impacto sobre todos nós» (LS 14). O papa Francisco sugere uma abordagem de ecologia integral destacando que o problema ecológico está profundamente entrelaçado com as questões econômicas, sociais e culturais, «para ouvir tanto o clamor da terra como o clamor dos pobres» (LS 49).

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