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Editorial | Newsletter 6/2024

 
25 outubro 2024   |   Internacional, Newsletter, United World Project
 

Existem diversos tipos de escuta: um conselho, uma aula, uma canção. Escutar a natureza e escutar Deus. Escutar os mais frágeis, aquele que é diferente, os outros em geral. Escutar a nós mesmos, o nosso corpo e o mundo interior. Todos os tipos de escuta, se incluirmos também a de nós mesmos, impõem uma relação humana. Todos podem ser uma fonte de crescimento e de melhoria. Todos oferecem uma oportunidade de mudança.

Dedicamos a nossa Newsletter de outubro ao tema da escuta – no dia 21 de outubro celebra-se o Dia Mundial da Escuta –, porque acreditamos que a escuta é a base do diálogo, que por sua vez é a base do encontro e, portanto, a própria escuta é um passo necessário para a fraternidade e para a paz.

Passamos pelo tema da escuta com duas histórias diferentes (além de uma terceira), mas basicamente não mais do que isso, pois ambas falam da escuta do outro, do mais frágil (enquanto a terceira fala de escutar o nosso coração).

A primeira história é a de Maria Montessori, uma grande médica e pedagoga italiana que, no início do século 20, escutou a diversidade de uma maneira nova: os jovens com deficiência em particular, quando eram rotulados de forma superficial e até depreciativa. A partir daí, ela construiu um método que foi exportado para crianças do mundo todo.

Aproveitamos a oportunidade de um filme dedicado a ela: “Maria Montessori – La nouvelle Femme”, da diretora Lea Todorov, que acaba de ser lançado nos cinemas. Optamos por analisá-lo.

A segunda história que está no centro da nossa Newsletter é a de Riccardo Bosi, pediatra italiano e escritor de livros muito interessantes, como o mais recente, que acaba de chegar às livrarias, intitulado “As mil e uma infâncias. Crianças, culturas, migrações”. Fala sobre o trabalho dele com muitas crianças ao redor do mundo, geralmente vulneráveis e migrantes, os chamados “filhos dos outros”.

Bosi aprendeu a ouvir tudo sobre eles e suas famílias. Na entrevista encorpada, nutritiva e formativa que nos deu, ele fala sobre isso.

A terceira história (que pegamos emprestada de Cittanuova.it) é contada por uma ex-professora, Annamaria Carobella, que através do histórico grupo Gen Verde nos fala (também) sobre o que significa para um artista escutar a inspiração, sobre escutarmo-nos uns aos outros quando trabalhamos em grupo.

Depois, há uma quarta história, que consta nesta Newsletter, cuja leitura recomendamos. É uma história que chega do Líbano. Lê-la, ouvi-la, é um dever, uma necessidade.


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