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Workshop

Dia Internacional do Voluntário: cinco anos de dança ao ritmo do milONGa internacional

 
4 dezembro 2021   |   Internacional, ,
 
Por Janeth Cárdenas e a equipe de Milonga

No Dia Internacional do Voluntário, no qual o trabalho, as capacidades e o tempo doados por voluntários do mundo todo são reconhecidos, nós também queremos lembrar todas as pessoas que colaboraram no nascimento e desenvolvimento do projeto de voluntariado internacional milONGA que este ano completa cinco anos.

Está se encerrando um ano de comemorações por este projeto de voluntariado internacional, intercultural e fraterno.

Em 2015, quando algumas pessoas começaram a pensar na ideia de uma iniciativa que conectasse de um lado o desejo de agir e do outro as necessidades de muitas pessoas no mundo, certamente não imaginavam que estavam dando um impulso para o nascimento de milONGa (mil organizações não governamentais em ação), um projeto de voluntariado internacional diferente.

Movidos pelo desejo expresso pelos jovens de “pôr a mão na massa” e conscientes das necessidades e dificuldades que as organizações sem fins lucrativos enfrentam diariamente para lidar com os problemas de suas comunidades, eles desenvolveram a ideia de um projeto de voluntariado internacional cujo motor fosse a fraternidade em ação.

Assim, em 2016, os primeiros voluntários e as primeiras voluntárias partiram para a Bolívia e o Brasil, e depois deles mais de 200 jovens seguiram seus passos, cruzando fronteiras para disponibilizar seu tempo, seus talentos, seu profissionalismo e sua capacidade de servir ao próximo, cada um contribuindo com a própria “gota no oceano”, a fim de transformar as desigualdades e as iniquidades experimentadas por muitas comunidades ao redor do mundo.

Mas de que adianta promover mais um projeto de voluntariado, quando já existem tantos? Virginia Osorio e Marco Provenzale, da equipe de coordenação do projeto, contam que milONGa foi uma oportunidade de conectar diversos atores e gerar um sistema de cooperação internacional diferente, atravessado pela categoria da fraternidade aplicada na prática, cujo serviço é reforçado pela interculturalidade e pela formação à cidadania global e local, de modo a estabelecer ligações não só de norte a sul, mas também de sul a norte e em todas as direções. Precisamente por isso o programa se chama “milonga”, como a dança que representa a identidade intercultural latino-americana, que tem raízes africanas e brinca com o acrônimo ONG. MIl ONGs em Ação.

Além dos 200 jovens que se voluntariaram pessoalmente, há mais de 100 que, devido à pandemia e graças à coordenação com diversos atores, realizaram uma experiência virtual de voluntariado intercultural. Este novo método tem permitido que aqueles que por vários motivos não podem ir para outro país ainda prestem serviço às organizações e comunidades a partir das próprias casas. A dimensão virtual lhes tem permitido contribuir com atividades de comunicação, arrecadação de fundos, suporte didático, preparação para exames, laboratório de idiomas… e algumas das voluntárias, que a princípio faziam intercâmbio com as comunidades apenas na modalidade virtual, agora se preparam para realizar o próprio caminho de voluntariado intercultural pessoalmente.

Em 2021, milONGa celebrou cinco anos das primeiras experiências que deram origem a este projeto que hoje envolve não só os jovens, mas também as organizações da sociedade civil, as comunidades, as mariápolis permanentes do Movimento dos Focolares, quatro secretarias administrativas regionais, uma equipe internacional de trabalho e uma infinidade de colaboradores que têm permitido que o programa cresça, se consolide e melhore em qualidade.

Em seus cinco anos de história, milONGa testemunhou o modo como essa experiência de voluntariado internacional, intercultural e fraterno marcou a vida de muitos jovens: a experiência vivida os levou a refletir sobre o papel que cada um desempenha como cidadão do mundo, estimulando-os a atuar também em nível local, pois, como muitos argumentam, até em seus países de origem há pessoas que sofrem, e aí também é preciso agir, justamente como nos conta Antonella, uma voluntária argentina que fez voluntariado virtual no Brasil e que agora se prepara para ir pessoalmente: “Eu antes… talvez nunca teria feito voluntariado, não participava muito, mas agora sinto que se não me dedicar a alguma coisa eu me sinto vazia, e acredito que isso foi transmitido a mim pela experiência do voluntariado.” Wilmar, um voluntário brasileiro que esteve na Bolívia, diz: “Vivenciei experiências muito intensas, muito fortes, não apenas em nível pessoal mas também profissional; agora entendo melhor o que é preciso fazer para desenvolver as ideias que tenho para o meu trabalho; aqui no Brasil eu trabalho em projetos sociais….

Milonga festeja os seus primeiros cinco anos, mas certamente esperamos que existam muitos mais, e que muitos ainda se juntem a nós seguindo o ritmo desta dança internacional.


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