Um ano após o encontro histórico de 2022 com o Papa Francisco, eis outro encontro de jovens economistas, empresários e agentes de mudança, para recolocar no centro da ação econômica a pessoa e o bem comum.

Papa Francisco tinha dito claramente: “Quem soube deixar uma boa marca fez isso porque traduziu os ideais, os desejos, os valores em obras concretas. Ou seja, encarnou-os. Além de escrever e realizar congressos, esses homens e mulheres deram origem a escolas e a universidades, a bancos, a sindicatos, a cooperativas, a instituições. Vocês mudarão o mundo da economia se, com o coração e a cabeça, usarem também as mãos”. 

Era o dia 24 de setembro de 2022. Em Assis, cidade de são Francisco, um Papa com esse nome pronunciou essas palavras, dando aos jovens da Economia de Francisco tarefas muito específicas, para aprender a dar à economia um rosto humano, que tenha no centro a pessoa e o bem comum da família humana.

Um ano depois e sempre em Assis, os jovens economistas, agentes de mudança e empresários de A Economia de Francisco (Economy of Francesco – EoF), irão se reunir novamente para celebrar o seu quarto encontro anual, que será presencial e por streaming. Todas as iniciativas, ideias e processos iniciados e amadurecidos ao longo do tempo serão coletados, mas será também um momento para fazer um balanço do que foi alcançado em relação ao encorajamento do Papa.

O contexto atual, por outro lado, assim o exige: a economia global vive um momento difícil, com a guerra na Europa e as muitas guerras no mundo, com o agravamento da crise ambiental, as crescentes e novas desigualdades. São desafios que se tornam cada vez mais graves e urgentes, com os quais é preciso se defrontar para encontrar e propor soluções.

A segunda parte da encíclica Laudato si’, do Papa Francisco, que será publicada em 4 de outubro, norteará os trabalhos. É um texto que para muitos jovens da EoF representou um quadro cultural e espiritual de grande referência. Serão colhidas as primeiras reflexões, no compromisso de construir uma economia integral aliada a uma nova ecologia.

As histórias não faltam, como a já citada Farm of Francesco, um projeto que quer dar vida a um novo tipo de fazendas que cuidam do meio ambiente e dos mais vulneráveis; ou como a Escola Pacar, um projeto para quem não tem acesso fácil à educação, e que se consolidou a partir do continente africano.

Em suma, a EoF está se desenvolvendo cada vez mais de acordo com sua vocação original, como o Papa Francisco a intuiu e incentivou desde 2019:  uma comunidade global de jovens empreendedores, pesquisadores, economistas e, acima de tudo, agentes de mudança, que já estão trabalhando em um processo de transformação, a fim de que a economia seja inclusiva em relação àqueles que mais sofrem, e respeitosa da “casa comum”, que é a nossa terra, além de muitos aspectos da economia global.

Olhando para o dia 6 de outubro, há uma grande expectativa também para a mensagem que o Papa dirigirá aos participantes do encontro, mas que terá um eco muito mais amplo, como já podemos imaginar.

Francesca Di Maolo, presidente do Instituto Seráfico de Assis, em cujo teatro o evento acontecerá, encoraja os participantes dizendo: “Pedimos aos jovens da EoF o seguinte: que guardem nos olhos e no coração os semblantes daqueles que mais precisam de ajuda, para redesenhar um mundo justo, equitativo e sem excluídos”.